Marcelino, pai do jogador, deu a volta olímpica no Mario Alberto Kempes após “Final do Século”, contra o Belgrano, que garantiu o acesso a La T
O São Paulo estreia na Copa Libertadores da América, nesta quinta-feira (2), às 21h (de Brasília), contra o Talleres. O palco da partida será o estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, na Argentina, local que traz muitas lembranças para o meia Giuliano Galoppo. Aliás, não só para ele, mas para toda a sua família.
Galoppo cresceu acompanhando e escutando histórias da carreira do seu pai, zagueiro que atuou com destaque no futebol argentino e europeu, entre os anos 90 e início dos anos 2000. Em 1998, um ano antes do atual jogador do São Paulo nascer, Marcelino viveu um momento marcante no Mario Alberto Kempes. Jogando, justamente, pelo Talleres, deu a volta olímpica no histórico palco após a equipe bater o arquirrival Belgrano, na “Final do Século” para o futebol de Córdoba, que garantiu o acesso da La T à elite do futebol nacional.
Carregando o DNA da paixão pelo futebol, Giuliano também virou jogador. Passou pelas categorias de base do Atlético Rafaela e Boca Juniors, antes de chegar ao Banfield, onde se profissionalizou no fim de 2018. Por lá, ficou até 2022, onde disputou 86 jogos e anotou 21 gols. Um deles, inclusive, no estádio Mario Alberto Kempes, em 2021, pela Copa Diego Armando Maradona.
Do Banfield, Galoppo acertou com o São Paulo. Em sua primeira experiência profissional fora do futebol argentino, o meia passou por um período de adaptação nos primeiros meses e terminou a temporada de 2022 marcando seu primeiro gol pelo clube, na goleada de 4 a 0 sobre o Goiás.
Em 2023, mais adaptado ao país, mostrou-se à vontade, ganhou espaço e assumiu uma função artilheira. Foram oito gols em 11 jogos disputados no Campeonato Paulista, torneio que teve o atleta como principal artilheiro. Tal desempenho individual ajudou o Tricolor a chegar ao mata-mata. No entanto, no início da partida das quartas de final, contra o Água Santa, o argentino acabou lesionando o joelho esquerdo e ficou de fora do restante da temporada.
De volta aos gramados, em 2024, Galoppo fez bons jogos no Paulista e contribuiu para o São Paulo conquistar a Supercopa do Brasil sobre o Palmeiras. Na decisão, aliás, o atleta converteu uma das cobranças de pênalti. Agora, está pronto para entrar em campo pela Copa Libertadores e espera conquistar sua primeira vitória no estádio pelo Tricolor do Morumbi, local aonde seu pai viveu um dos momentos mais especiais de sua carreira.
“Infelizmente, a gente não conseguiu alcançar o nosso objetivo no Campeonato Paulista, que era chegar à final. Mas tivemos a oportunidade de treinar muito forte durante esses últimos dias e estamos nos preparando bastante para a estreia na Libertadores e restante da temporada. O São Paulo é um clube com uma grande tradição na Libertadores e a nossa torcida adora essa competição. Teremos um jogo complicado, mas sabemos da nossa força e da importância de começar a competição com uma vitória, ainda mais fora de casa, contra um grande rival. E faremos de tudo pra voltar para o Brasil com um bom resultado”, afirmou Galoppo.
“Esse jogo será especial, sim. Meu pai jogou no Talleres e é um clube que minha família possui um grande carinho. É uma das instituições que abriu as portas para o meu pai e deu a oportunidade para ele construir uma carreira sólida. Eu já joguei no estádio e tive a felicidade de marcar um gol, mas acabamos perdendo aquele jogo. Espero que, dessa vez, eu possa entrar em campo e ajudar o São Paulo a conquistar a vitória”, completou.
Pelo São Paulo, Galoppo já disputou 40 partidas, balançou as redes dez vezes e ainda deu duas assistências.